sábado, 21 de novembro de 2009

Cores do Outono

Verão de São Martinho, sol de pouca dura



Depois de um Verão prolongado e sem chuva chegou o "mau tempo" trazendo frio e chuvas torrenciais durante dias seguidos.

Na semana que findou, quando a chuva amainou e o Sol voltou a brilhar por escassos três dias, aproveitei para captar as cores do Outono.

Nesta altura do ano a paisagem do planalto é marcada por diferentes tonalidades de cores das árvores de folha caduca. Das espécies cultivadas o castanheiro é a árvore rainha.




De fins de Outubro até à primeira quinzena de Novembro é o tempo da apanha da castanha.



As castanhas nascem, crescem e amaduram dentro de ouriços. Quando estão maduras o ouriço arreganha-se e, desprendendo-se do castanheiro, cai ao chão, onde o fruto é apanhado.

Para evitar o bolor, é costume estenderem-se as castanhas a secar em armazens ou po-las ao sol.

Disse-me o Tó que a produção deste ano foi menor mas que, em contrapartida, as castanhas eram graúdas. Em casa comi-as assadas e cozidas. Na Feira da Castanha de Vila Pouca de Aguiar também as provei fritas e achei-as saborosas.

Em Travancas há cada vez mais castanheiros, isolados ou em soutos, sendo a produção escoada para o mercado.


Capela do Senhor dos Aflitos no Outono.

Da castanha que fica para consumo, uma parte é dada a amigos e familiares que vivem nas cidades do litoral e no estrangeiro.

A carrinha que faz o transporte de encomendas para França levou muita castanha para os emigrantes matarem saudades da terra.

Este castanheiro alto faz parte do património arbóreo e cultural de Travancas. No núcleo urbano da aldeia há outros.


Castanheiros de Travancas





Embora a folhagem de tonalidades amareladas, acastanhadas e avermelhadas seja típica da estação, o verde das ervas - nascidas com as primeiras chuvas - e dos campos cultivados de centeio, vai substituindo gradualmente a cor da terra ressequida no estio.



Em Travancas, estrada e ruas vão dar ao Largo de São Bartolomeu, ornamentado com frondosos plátanos.



Gosto de caminhar num jardim, rua ou praça coberta de folhas caducas de todos os matizes.




A visão do Largo de São Bartolomeu, atapetado com folhas mortas dos plátanos, transmite-me sensações de bem-estar que me levam a inspirar profundamente o ar fresco.



Romantismo
O coreto em ferro pintado de verde, os baloiços, a brisa ligeira que sopra na ramagem dos plátanos, as folhas amarelecidas, a baixa temperatura e o sol de Outono, criam neste espaço uma atmosfera de recolhimento inebriante e rejuvenescedor.



Gosto muito do carvalho. Se tivesse capacidade de mando escolheria a sua folha para símbolo de Trás-os-Montes.




O fruto do carvalho é a bolota



O carvalho é endémico, cresce sem ser plantado.

Carvalho americano

Começa a aparecer aqui e acolá, como árvore ornamental e com valor económico, para produção de madeira.

Outras cores sasonais

Há vinte ou trinta anos ainda havia palheiros, agora as máquinas além de ceifar já fazem fardos




Muita parra, pouca uva
Travancas não é terra de vinhas - as uvas amaduram tarde, quando caem as primeiras chuvas. Porém, um vizinho, o senhor Delmar, contou-me, orgulhoso, que a sua videira deu 300kg de uvas Dona Maria.




quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Paroquianos em Passeio ao Minho

Viagem das freguesias de Travancas, Mairos e Paradela a Guimarães e a Braga em 6 de Novembro de 2009
Grupo de excursionistas na escadaria do Santuário da Penha

Foi a primeira vez que a minha mulher e eu participámos numa viagem deste género. Quando o senhor padre Delmino a anunciou na missa de Domingo, olhámos um para o outro a manifestarmos a vontade de participar. E assim foi, integrados num grupo de 48 paroquianos, participámos na viagem, agradável pelo convívio e pelo nevoeiro.
O passeio, a custo reduzido, dez euros por pessoa, incluia transporte, pequeno-almoço e almoço. No programa constava a participação numa acção de venda de artigos electro-domésticos. Os lares de Travancas e Mairos receberiam cinco euros por cada participante e, consoante as vendas, um benefício monetário.


Cobertos pelo nevoeiro
Manhã cedinho, lá vão,
Está o autocarro à espera,
"Vamos a ver quantos são!"

Os de Argemil, os de Travancas
De São Cornélio lá vêm;
Entram mais alguns em Mairos,
Em Paradela também.

O "Tranquilidade" surgiu,
Depois de alguns contratempos ...
Deram aos homens bonés,
Às senhoras deram lenços.


O senhor padre tocou,
Pra ajudar a digestão;
Houve quem dançasse o vira,
Ao som do acordeão.

Depois, no Alto da Penha,
O santuário apareceu;
A sua bonita história,
À devoção se deveu.

Por Braga se vai passando,
Em direcção ao Sameiro;
Lá fora, parece inverno,
tão cerrado é o nevoeiro.
Milagre foi, pela certa,
Não se ter perdido alguém;
Que o senhor Padre Delmino,
Com a bandeira, atrás vem.
Já na deslumbrante igreja,
A missa se iniciava;
Em honra do Condestável,
Já para ali se ficava.

Ia adiantada a hora,
A noite cobrindo tudo;
Não se viu o Bom Jesus,
Nem Braga por um canudo!
No Alvão, uma paragem
Pra comer e ... refrescar!
E a casa, cada um,
Lá acabou por chegar!

Mariana fez os versos
Euroluso tirou as fotos e picou três da net

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Aos Cogumelos nas Favas


Fotos da apanha de cogumelos, no dia 2 de Novembro, num lameiro do lugar das Favas. Na apanha participaram o Zeca, o senhor Delmar e eu próprio.



Cogumelos venenosos


 
Próximo do lugar das Favas descemos do jipe e, por entre gestais, fomos até aos lameiros à procura dos cogumelos.












Rocas ou cabeças de frade, a espécie de cogumelo que encontrámos no lameiro.
 
 
Bolotas de carvalho
 
 











































O senhor  Delmar, conhecedor  de cogumelos