segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Go b erno da casa

Matança, a tradição ainda é o que era
 
Por altura da Santa Luzia, terceiro domingo do Advento, o senhor José Pinto matou mais três recos. O tempo das matanças,  no entanto, vai continuar por janeiro fora, até ao São Sebastião.


Criação de leitões para o próximo ano, já. Não são todos brancos; há cruzamento com porcos de raça bísara, menos gordos e mais ao gosto dos consumidores de hoje.
 
Carne gorda na salgadeira, em parte destinada aos folares.  Na época em que não havia congeladoras, a carne era conservada em sal  ou era fumada
Nos tempos de antanho, o reco era o sustento da casa, ao longo do ano. Guardava-se o fumeiro nos lareiros, na adega e nas arcas.












Em tempos de vacas magras, a fartura começava no dia em que se matava o reco, a petiscar rijões. Terminado o proceso de cura, iam-se comendo alheiras, buchos, chouriças de sangue, linguiças, salpicões  e o presunto, cortado em nacos de pão.




Bons tempos, aqueles?  Há quem diga que agora, sempre há mais variedade!

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