Bem da humanidade ou mercadoria?
Desde há algum tempo que nos bebedouros foi colocada uma placa a indicar
que a água da rede é tratada. O custo, para cada vizinho com água
ligada à rede, importa em 24€ anuais, dois por cada mês, para cobrir os
gastos com análises periódicas e tratamento da água. Custos do dito
progresso!
Em Travancas a água sempre foi de excelenete qualidade, e até as batatas cozidas nela tinham melhor sabor. Todavia, há quem diga que ultimamente já não era tão boa e atribua a alteração à intensa utilização de pesticidas, infiltrados nos lençóis freáticos.
Porque a água é um bem essencial da humanidade e não é inesgotável, torna-se necessário o seu consumo racional. A nível local, para controlar a utilização da água do povo, doravante, torna-se obrigatório, para quem consome água da rede, a instalação de um contador. Material e trabalho importam em 150 euros, incluindo 60 euros para a Junta, pelo valor do relógio.
Por decisão da Assembleia de Freguesia, o consumo será gratuito até 5 metros cúbicos e só se fará a contagem nos quatro meses mais quentes do ano.
Mas, até quando é que a autarquia vai conseguir resistir à pressão para que a gestão da água da freguesia não lhe seja retirada, para ser entregue à companhia das Águas de Portugal ou a outra similar?
A obrigatoriedade dos contadores não será o primeiro passo de uma estratégia mais vasta e de médio prazo, para a privatização e encarecimento da água ao consumidor?
Mas, até quando é que a autarquia vai conseguir resistir à pressão para que a gestão da água da freguesia não lhe seja retirada, para ser entregue à companhia das Águas de Portugal ou a outra similar?
A obrigatoriedade dos contadores não será o primeiro passo de uma estratégia mais vasta e de médio prazo, para a privatização e encarecimento da água ao consumidor?
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