sábado, 9 de agosto de 2014

Água tratada da rede

Bem da humanidade ou mercadoria?

Desde há algum tempo que nos bebedouros foi colocada uma placa a indicar que a água da rede é tratada. O custo, para cada vizinho com água ligada à rede, importa em 24€ anuais, dois por cada mês, para cobrir os gastos com análises periódicas e tratamento da água. Custos do dito progresso!


Em Travancas a água sempre foi de excelenete qualidade, e até as batatas cozidas nela tinham melhor sabor. Todavia, há quem diga que ultimamente já não era tão boa e atribua a alteração à intensa utilização de pesticidas, infiltrados nos lençóis freáticos.



Porque a água é um bem essencial da humanidade  e não é inesgotável, torna-se necessário o seu consumo racional. A nível local, para controlar a utilização da água do povo, doravante, torna-se obrigatório, para quem consome água da rede, a instalação de um contador.  Material e trabalho importam em 150 euros,  incluindo 60 euros  para a Junta, pelo valor do relógio.



Por decisão da Assembleia de Freguesia, o consumo será gratuito até  5 metros cúbicos e só se fará a contagem nos quatro meses mais quentes do ano.

Mas, até quando é que a autarquia vai conseguir resistir à pressão para que a gestão da água da freguesia não lhe seja retirada, para ser entregue à companhia das  Águas de Portugal ou a outra  similar?

A obrigatoriedade dos contadores não será o primeiro passo de uma estratégia mais vasta e de médio  prazo, para a privatização e encarecimento da água ao consumidor?



A água,  um direito humano ou uma mercadoria?


Sem comentários: