domingo, 30 de novembro de 2014

Champignons de Travancas

Boletos, rocas, sanchas...

Neste outono ainda não fui  aos "níscaros", nome que genericamente se dá em Travancas aos cogumelos.  Mas, nem por isso os míscaros deixaram de estar presentes em refeições caseiras!


Sem andarmos à apanha, aparecem-nos à borda de caminhos, nos soutos, lameiros e mesmo nas hortas ao pé de casa.


A variedade mais abundante nas terras altas da raia, são os frades, nome pelo qual são conhecidos enquanto estão fechados.


Quando ficam abertos são rocas. São os de  menor valor comercial. No entanto, pelo seu apaladado sabor, são uma iguaria digna de figurar à mesa dos mais requintados e exigentes gourmets.



Em qualidade, quem duvida que superam os vistosos, famosos e insípidos "champignons de Paris" enlatados?


Prato de cogumelos, presunto e batatas cozidas, a simplicidade da boa cozinha da Capital da Batata!

Também há quem os coma assados nas brasas e embebidos em azeite, como entrada de uma boa refeição à moda transmontana.



Stop
COGUMELOS VENENOSOS
Bonitos mas letais; aparecem nos soutos.Cuidado com eles!





quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Diospireiro com cores do outono

Primeiros frutos da planta

Suculento e doce,  eis o diospiro cor-de-laranja, o primeiro colhido no quintal.


A tonalidade das folhas, do verde ao amarelo, castanho e vermelho, tonifica os olhos e alimenta a alma.


Observar a transição do diospireiro é sentir que a vida é renascimento.



Um hino à Natureza, a poesia outonal.


Diospiro com iogurte natural, o sabor exótico de uma sobremesa descoberta no restaurante Os Tibetanos de Lisboa.



quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Ave Charlotte Maria

Charlotte werd geboren
Maria nasceu


Deus te abençoe
 God zegene u


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Pouca castanha e miúda

Preço atenuou prejuízo  aos produtores

Feito o balanço da época que terminou, da apanha da castanha, o ano de 2014 fica marcado pela elevada quebra da produção em Trás-os-Montes, nomeadamente nos soutos acima dos 800 metros, como é o caso das aldeias do planalto que vai da Bolideira a Travancas.


Até ao início da campanha, conforme referido em anterior postagem, os agricultores desconheciam a razão pela qual, a partir de agosto, as folhas dos castanheiros começaram a secar e os ouriços deixaram de se desenvolver.


Das quatro aldeias da freguesia, Roriz é aquela que tem mais soutos e, por isso, é aquela onde o prejuízo foi maior. Em alguns soutos, as quebras de produção, superiores a 90%, afetaram o rendimento de famílias que dependem da venda da castanha.


Precipitação elevada e temperatura amena favoreceram o desenvolvimento da septoriose do castanheiro, fungo que dá à folha uma cor acastanhada e amarelada ao rebordo. Ataca também o pedúnculo do ouriço, apodrecendo-o e impedindo o fruto de se desenvolver.





No mercado consumidor, no entanto não faltou castanha à venda.


De menor calibre  e com bicho, a castanha era vendida no Leclerc a 3,99 euros.


Em Roriz, Travancas, São Cornélio e Argemil, houve produtores que venderam o quilograma da castanha a 2€20, a 2€50, a 3€ e a mais. No ano anterior o preço médio no produtor andou à volta de 1€30.


Além de miúda, grande parte da castanha, mesmo selecionada, tinha morrão.


Bela paisagem de Travancas e da Cota de Mairos, avistada de um souto Roriz.


Para o Ministério da Agricultura compensar os produtores, vai a Câmara Municipal de Chaves fazer o levantamento dos prejuízos?





domingo, 2 de novembro de 2014

Dia de Finados

Homenagem aos nossos mortos

Aqueles que amamos nunca morrem, 
Apenas partem antes de nós


Aqui jaz Elias, o mais recente fiel defunto a ser levado à última morada, em São Cornélio, no Dia de Todos os Santos.



Morada do silêncio


Em Argemil e São Cornélio, como manda a tradição, a ida ao cemitério foi no Dia de Todos os Santos, para acender velas e colocar flores nos túmulos dos familiares falecidos.





Ermezindo
Pelos caminhos difíceis que rasgaste com a enxada da coragem, temperada pela emoção,
deixaste raízes onde se erguem árvores,
testemunhos da tua passagem
e ficam em nós as marcas saudosas dos teus passos
Esposa e filhos





Lucinda

Le temps passe / o tempo passa
Le souvenir reste / a lembrança fica

Texto em francês, a recordar que São Cornélio é terra de emigração.


















Cemitério de Travancas


Casal de Argemil  embelezando a campa de parentes sepultados em Travancas.









Agostinho
Para nós não morreste, viverás para sempre no nosso coração.



“A memória dos defuntos, o cuidado pelas sepulturas e os sufrágios são o testemunho de confiante esperança, enraizada na certeza de que a morte não é a última palavra sobre o destino do ser humano...



...porque o homem está destinado a uma vida sem limites, que tem a sua raiz e a sua realização em Deus”.
Papa Francisco



Procissão até ao cemitério
Pelo caminho rezou-se o terço


"O cemitério é um “lugar de repouso”, à espera do despertar final, e foi o próprio Jesus que revelou que a morte do corpo é como um sono do qual ele nos desperta".



“É, pois, com esta fé que devemos olhar para os túmulos dos nossos entes queridos, daqueles que nos amaram e nos fizeram algum bem”.
Papa Francisco



Fim das orações


É hora de partir...