terça-feira, 25 de novembro de 2014

Pouca castanha e miúda

Preço atenuou prejuízo  aos produtores

Feito o balanço da época que terminou, da apanha da castanha, o ano de 2014 fica marcado pela elevada quebra da produção em Trás-os-Montes, nomeadamente nos soutos acima dos 800 metros, como é o caso das aldeias do planalto que vai da Bolideira a Travancas.


Até ao início da campanha, conforme referido em anterior postagem, os agricultores desconheciam a razão pela qual, a partir de agosto, as folhas dos castanheiros começaram a secar e os ouriços deixaram de se desenvolver.


Das quatro aldeias da freguesia, Roriz é aquela que tem mais soutos e, por isso, é aquela onde o prejuízo foi maior. Em alguns soutos, as quebras de produção, superiores a 90%, afetaram o rendimento de famílias que dependem da venda da castanha.


Precipitação elevada e temperatura amena favoreceram o desenvolvimento da septoriose do castanheiro, fungo que dá à folha uma cor acastanhada e amarelada ao rebordo. Ataca também o pedúnculo do ouriço, apodrecendo-o e impedindo o fruto de se desenvolver.





No mercado consumidor, no entanto não faltou castanha à venda.


De menor calibre  e com bicho, a castanha era vendida no Leclerc a 3,99 euros.


Em Roriz, Travancas, São Cornélio e Argemil, houve produtores que venderam o quilograma da castanha a 2€20, a 2€50, a 3€ e a mais. No ano anterior o preço médio no produtor andou à volta de 1€30.


Além de miúda, grande parte da castanha, mesmo selecionada, tinha morrão.


Bela paisagem de Travancas e da Cota de Mairos, avistada de um souto Roriz.


Para o Ministério da Agricultura compensar os produtores, vai a Câmara Municipal de Chaves fazer o levantamento dos prejuízos?





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