sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Ninhada de cães rafeiros

Recém-nascidos em Argemil

São sete, bem rechonchudos,  mas podem não ser todos filhos do mesmo pai porque a cadela, durante o cio, tem vários óvulos.


Da ninhada, apenas um é deixado para criar. Os outros vão ser sufocados ou afogados, como é costume, No entanto, há quem discorde desta prática  social e defenda que a melhor solução é o aborto.

O valor comercial de cada rafeiro recém-nascido, em anúncios colocados na internet, não ultrapassa 120 euros, ao contrário do cão de gado transmontano, cujo valor, superior a 300 euros, pode atingir 2 000, quando é ensinado!


Cão, o melhor amigo do homem. Ou, como diz o ditado: Mais vale um cachorro amigo que um amigo cachorro!



2 comentários:

Luís Fernandes disse...


Ser proprietário de uma cadela, deixá-la ter sete cachorrinhos e matar-lhe seis (um que fosse!) parece-me demasiado cruel.
Então que possuam um cão!
A esses, deixem-nos crescer e depois ao-deus-dará, ou então, ofereçam-nos.
Se não tivesse dono, a cadela lá criaria os cachorritos e eles lá teriam a vida que a Natureza lhes consentisse.

Luís Fernandes

PEREYRA disse...

Meu caro Luís,
Compreendo-te mas não aponto o dedo a quem tira a vida a cachorrinhos acabados de nascer porque esse é um costume ancestral e a mentalidade coletiva leva muito tempo a transformar-se, como sabes.
As pessoas dos meios rurais são carinhosas com os animais mas agem em defesa da sua própria sobrevivência. Os mais velhos dizem que noutros tempos havia muita fome. Qual a comunidade rural que num contexto de penúria poderia alimentar todos os cães que fossem paridos por cadelas? Seria criar ainda mais problemas a quem já não tem poucos! Hoje os tempos são outros, mas ter acesso a métodos de procriação artificial é dispendioso, algo que nem toda a gente pode suportar.

Para quem vive numa sociedade sofisticada, afastada da Natureza, estes costumes são bárbaros. No entanto, nos meios urbanos, há pessoas que desconhecem o sofrimento atroz de vitelos e porcos nas linhas de produção, alimentados artificialmente, ou de galinhas criadas em cativeiro, sempre engaioladas.
Pessoalmente,embora conviva com matanças de animais domésticos, sou incapaz de matar um coelho, uma pita, um cordeiro ou um reco. Mas compreendo que quem convive com animais, depressa aprenda que para sobreviver tem de matar.
Um abraço