domingo, 31 de dezembro de 2017

Adeus Ano Velho

 Feliz 2018


Adeus, ano velho
Feliz ano novo
Que tudo se realize
No ano que vai nascer
Muito dinheiro no bolso
Saúde pra dar e vender


                        David Nasser e Francisco Alves. 1951



Pela primeira vez  o coreto foi iluminado para as  festas de fim de ano; e na entrada de 2018 haverá fogo de artificio!
Só falta agora retomar a tradição da fogueira no Largo de São Bartolomeu!


O senhor Zé da São também se esmerou na iluminação do campanário  da igreja matriz


Ano após ano, a porta da casa da Rosa é daquelas que é enfeitada, integrando-se no espírito natalino.



Votos para 2018


Que haja paz no mundo!
Amor entre os homens!

Que a Luz  ilumine as trevas




sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Cruzeiro de São Tiago

 No Vale da Bouça
No caminho para as ruínas de Palheiros

Travancas tem, desde  o dia 14 de Dezembro,  um cruzeiro  em honra de São Tiago Maior, um dos doze apóstolos  e primeiro mártir do cristianismo, morto no ano 44 da era cristã.



A  imagem do santo, em azulejos, é uma cópia do São Tiago, de Tronco que, além do chapéu, vieira, espada, cajado, cabaça e livro, símbolos tradicionais, é representado, curiosamente, com um cacho de uvas.




O culto a São Tiago, na raia  das antigas terras  de Monforte de Rio Livre, está presente em  Mairos, onde tem erigida uma capela, e em Tronco, paróquia da qual é padroeiro.


Faltava algo em Travancas, relacionado com o santo, padroeiro de Espanha, para ficar completo o roteiro iconográfico jacobeu nas Terras  da Raia.



O caminho dos peregrinos de Santiago, vindo da Terra Quente, chega a Santa Valha, passa por Lebução, Tronco e Roriz. Em Vilardevós, na Galiza,  entronca com a Rota da Prata.





INRI
Na tradição cristã é um acrónimo da frase em latim que Pôncio Pilatos mandou colocar na cruz onde Jesus Cristo foi crucificado.


Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum  
Jesus Nazareno Rei dos Judeus



  Na tradição dos alquimistas medievais e dos Rosacruzes a sigla INRI, porém, significa

Igni Natura Renovatur Integra
A Natureza  é Completamente Renovada  pelo Fogo



Saída de Travancas, para quem se dirige ao Vale Grande, às ruínas de Palheiros e à Galiza, por Arçádegos.







Deixaram este mundo

Choremos! Choremos! Choremos!

Realizou-se  hoje em Argemil o funeral do senhor António Ginja, pai do Amaral.


"Compañeros de tu hija Cocina Chuo"
 O óbito ocorreu em Espanha, onde tinha ido, para passar o Natal com uma filha.



Jaz no cemitério de Argemil, o mesmo onde em Setembro  passado foi enterrado  o seu irmão Artur Ginja.


Ao Amaral e restante família enlutada, sentidas condolências.



Notícia de outros óbitos em Argemil



O senhor Celestino, soube há dias,  morreu este mês no hospital de Chaves, vítima de doença. Embora fosse  de Argemil, foi enterrado em  Travancas, para onde se tinha mudado, residindo na casa da mãe.  Que tenha o eterno descanso.



Artur Ribeiro  Ginja

Conheci Monsieur Ginja em  Paris, Chez Malissard,  nos meus tempos de estudante. Era um emigrante de meia idade, de poucas falas. Muitos anos depois vi-o em Argemil e reconheci-o. Estive em sua casa, pela última vez, no Verão de 2016.  Nessa altura já andava doente.



No velório do irmão António, ao perguntar por ele, disseram-me que tinha partido há uns meses  para o Pai. 
Reencontrei-o, numa campa de terra batida, no momento em que o agente da funerária  colocava uma lápide.



Descansa em paz, amigo.



Última Hora


O senhor Manuel Joaquim Carvalhal, mais conhecido  pelo nome de Manuel do Rio, no dia 29 de dezembro pôs fim à sua peregrinação na Terra. Era sogro do senhor Carlos e avô materno do Luís, pintor de Argemil.


 O funeral, com participação de muita gente,  realizou-se no dia 2 de janeiro. A missa de corpo presente, em Argemil,  foi rezada por um padre que me dá gosto ouvir, João Miguel,  pároco jovem  de São Vicente da Raia, Roriz e Cimo de Vila da Castanheira.



À família enlutada, sentidos sentimentos.







segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Missa de Natal em Chaves

25 de Dezembro  - Igreja Matriz


Neste 25  de Dezembro fiz-me à  estrada para assistir  à  Missa de Natal,  às  18 horas, na igreja  matriz de  Santa  Maria  Maior. O espírito natalício e  a espiritualidade que se entranham em mim recompensam-me  pelos  500 km percorridos.

Finda a  Eucaristia subi à montanha, coberta por nevoeiro cerrado. A chegada ao Reino Maravilhoso,  terra mater, é sempre emotiva. Coração forte, porém, resiste!



Nave central e duas laterais, separadas por grandes colunas graníticas cilíndricas e unidas por arcos de volta.

A igreja matriz,  devido  a obras realizadas no reinado de D. João III, século XVI, possui   arquitectura românica, gótica e renascentista de influência  italiana.



Órgão de tubos, magnífico, de talha verde, vermelho e dourado, construído em 1766  e 1873 e  restaurado em  2005. Será que funciona?



Arquitectura gótica - Abóbada de nervuras, apoiada em mísulas.
Nos anos  40 do século XX , as obras de restauro retiraram  o reboco das paredes, tornando  o interior mais sombrio, austero e sóbrio mas fiel ao estilo original, da Idade Média. Um belo templo para meditação!









"Preparai  o  Caminho  do Senhor"


Na penumbra do templo, sem telemóveis  e isolado   do   mundo exterior  fico em silêncio e contemplação, em verdadeira paz ...   


Presépio. É Natal,  nasceu  o Salvador




Altar lateral - Jesus, segura  uma  cruz na  mão direita  e São José   lhe  dá   a mão na outra.


Beijo ao Menino no fim da missa, um velho costume. A  mole humana que enche a igreja de Santa Maria Maior irmanada no amor ao próximo.

Saio da igreja reconfortado pelo espírito natalício. Travancas espera por  mim!




domingo, 24 de dezembro de 2017

Bom Natal

Bo Nadal, Feliz Natividad
Joeux Noel, Merry Christmas


Orquídea florida em Dezembro, em Travancas.


Natal com muito frio e chuva mas, - hélas -  sem neve!



A luz vence as trevas  -  Solstício de Inverno e 

Natal


 Nasceu o Salvador





quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Matanças e Fumeiro' 17

Na raia do Reino Maravilhoso...
a tradição é quem mais ordena


Duas boas cevas


Dois fumeiros, da São e da Juraci. Na lareira de outras vizinhas, o mesmo céu de alheiras, salpicões, presuntos  e de outras iguarias gastronómicas transmontanas.


É assim todos os anos, desde há muitas gerações, de que se perde a memória no tempo.


Chouriço  de cabaça



Pote


A matança é feita por homens; o fumeiro, por mulheres.



Sabores transmontanos





Bucho