terça-feira, 15 de setembro de 2020

Ex-libris para Travancas

 

 Conclusão das obras no cruzeiro de S. Tiago

Com o ajardinamento e pedra comemorativa, ficou concluído o cruzeiro erigido em 14 de dezembro de 2017, em honra de S.Tiago Maior. Embora esteja em propriedade particular, espera-se, dos que amam Travancas, que  o estimem  e o vejam como património da aldeia.

 

 

Pedra ornamental  em cujo centro encaixará uma pedra comemorativa em granito preto do Zimbabué

 

Cimentando o chão para revestimento com relva sintética. 
 
 

 

Relva sintética e, gravados a laser na pedra de granito negro, a Cruz de Malta, Santiago Matamoros e informação memorativa.



Na esteira de cruzeiros erguidos no passado em encruzilhadas, com a função de cristianizar locais de culto pagãos, o Cruzeiro de S. Tiago foi erguido na bifurcação da estrada para a fronteira com o caminho para as Ruínas de Palheiros, para assinalar o lugar como espaço de passagem de peregrinos e contrabandistas. 

 

 

 

O culto a S.Tiago, antigo e popular, está presente em capelas e igrejas, erguidas em sua honra, em ambos os lados da fronteira. No cruzeiro, painéis de azulejos reproduzem, em três das quatro faces do pedestal, imagens do seu culto em três aldeias raianas próximas.

 

 

 S.Tiago da capela de Mairos

Com botas e vestes da Idade Média suscita reação empática na população camponesa.

 

 

S. Tiago de Tronco, orago da paróquia.

Na sua festa, a 25 de Julho, o andor tem um cacho de uvas atado ao cajado, para simbolizar o ditado: "Pelo  S.Tiago pinta o bago"

 

 

 

Igrexa de Santiago de Arzúa, paróquia de Berrande, concello  de Vilardevós (Galiza). 

O Santiago galego, tal como o S. Tiago da capela de Mairos e o da igreja de Tronco, tem os símbolos de apóstolo (túnica, descalço e evangelho) e  de peregrino (vieira com cruz, cajado, cabaça e chapéu com aba).

 

 

Cristo  eucarístico ou pelicano rosacruz

Embora consagrado a S.Tiago Maior, apóstolo mártir, decapitado em 44 D.C. em Jerusalém, o cruzeiro apresenta na face ocidental do pedestal, no fuste e na cruz, uma simbologia esotérica, alusiva  ao peregrinar do Homem em busca da Luz.


 

Para os alquimistas a rosa representa a alma; o desabrochar espiritual no símbolo da AMORC - Antiga e Mística Ordem da Rosacruz


 

 

 INRI

 

 

Santiago Matamoros

Embora em Arzúa, Tronco e Mairos, a iconografia represente S. Tiago como apóstolo e peregrino, durante a guerra contra os Mouros a iconografia da época representou-o, por vezes, montado num ginete branco.

O seu culto, iniciado na Reconquista, espalhou-se por toda a Europa e Santiago de Compostela converteu-se em importante local de peregrinação para a cristandade, dando origem aos Caminhos de Santiago, reconhecidos como caminhos culturais pela UNESCO .

 

 

 A Ordem de Malta

Os Cavaleiros  Hospitalários de São João de Jerusalém são uma ordem religiosa e militar, fundada em 1136 na Palestina, com presença indelével nas terras raianas de Vilardevós e Monforte de Rio  Livre.

Vigiavam caminhos, como os Templários, e criavam hospitais para assistir  os peregrinos enfermos. Em 1530 passou a chamar.se Ordem de Malta.



Antigo albergue de peregrinos em  Roriz

Embora pouco povoadas, as terras de Monforte de Rio Livre, ficavam na rota de caminhos jacobeus secundários que, com origem na Terra Quente, passavam por Palheiros e Cota de Mairos para desembocar na Via da Prata em Vilardevós.

 

 

Travancas ganhou um belo monumento, futuro ex-libris. Rodeado de árvores ornamentais em crescimento, artísticas sinalética rodoviária e alminhas, vai ser um atrativo recanto da aldeia, sala de visitas para quem chega da fronteira e a  que  naturais e visitantes  não vão ficar indiferentes. 

Urge valorizar o património histórico e paisagístico, colocando  Travancas nas Rotas do Contrabando e  nos Caminhos de Santiago. O lema da União de Freguesias de Travancas e Roriz é Unus  pro omnibus, omnes pro uno. Todos  por Travancas!

 

 

 

 

domingo, 13 de setembro de 2020

Referendo da Ponte Romana

Ganhou a abstenção: 88%
 
 
 
Dos 43.478 eleitores inscritos, apenas 5249 (12%) participaram no primeiro referendo local de Chaves, no domingo dia 13 de setembro de 2020. 

Nas freguesias rurais, União de Travancas e Roriz incluída, a participação foi ínfima. Não tive acesso aos dados oficiais na CMC nem na Junta de Freguesia.


À pergunta “Concorda com a reabertura da ponte romana de Chaves ao trânsito de veículos automóveis ligeiros, num único sentido?” de resposta sim ou não, 85% dos participantes rejeitou o regresso dos carros ao monumento nacional, pedonal desde 2008.   

 

Com a decisão dos eleitores flavienses, uma promessa eleitoral foi cumprida.  No entanto, não falta na  oposição quem ache que o referendo municipal foi dinheiro mal gasto.



Em tempos de pandemia da Covid-19, o tema do referendo  não motivou os  eleitores. a participar


     RESULTADOS OFICIAIS

INSCRITOS: 43478
NÃO  VOTANTES: 38199 -37,93 %
NÚMERO DE VOTANTES: 5.250 - 12,07%
NÃO: 4.437 - 85,31%
SIM: 764 - 14,69%
NULOS: 35 - 0,67%
BRANCOS: 14 - 0,27%