segunda-feira, 25 de maio de 2020

Desconfinamento

Novas regras de higiene

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Depois de estar dois meses encerrado, devido à declaração dos estados de calamidade e de emergência, por causa do Covid-19, o Café Central, de Travancas, reabriu dia 18 de maio, data de início da segunda fase do desconfinamento.


Como outros vizinhos, retomando velhos hábitos...


... também eu me aventurei, sem usar máscara, a frequentar a esplanada do Café Central.


Até estes dois amigos, de Mairos, subiram à Capital da Batata, para experimentar a liberdade de deslocação readquirida.



Embora os moradores, na generalidade, não usem máscaras, mesmo a jogar cartas, o Betinho, quanto a ele, cumpre as regras impostas pela Direção Geral de Saúde, limpando mesas e cadeiras com gel e disponibilizando-o à entrada do café, para desinfecção das mãos dos clientes. 

São as novas regras de convivialidade e de distanciamento social que todos teremos de cumprir, incluindo eu próprio, para nos defendermos do inimigo invisível.

sábado, 16 de maio de 2020

Ser jovem na pandemia

 Junta de Freguesia dá trabalho
Tiago Batista, de Argemil da Raia

Emigrante em França, está há dois meses com a família. Regressa quando terminar o confinamento  no país e o patrão o chamar.



Em tempos de pandemia, a Junta de Travancas e Roriz, depois de proceder à desinfeção das quatro aldeias, para evitar a propagação da COVID-19,  emprega jovens  à jeira para aparar as ervas da via pública.



Tiago é um deles. Veio para Argemil desde que a sua empresa de colocação de cozinhas em toda a França parou devido à pandemia. O dinheiro que recebe da Junta é um extra bem-vindo. Tiago não tem curriculum vitae  à  mão mas, otimista, diz que sabe podar castanheiros.


Este é o Ricardo, filho do falecido senhor Celestino. Trabalha na construção civil, sector em crise,  mas ao Sábado faz uns extras para a Junta  que o ajudam no sustento  da família.



Encontrei-o com um aspirador, numa rua onde já tinha passado o Tiago com a roçadora.




Mora há mais de um ano na minha rua mal nos vemos. Quando o vejo passar com a família e um carrinho de bébé penso que com a  sua vinda Travancas ganhou em juventude e tem menos uma casa vazia. Aliás, famílias jovens seriam bem-vindas. E quem sabe se o tele-trabalho não provocará essa desejada reviravolta demográfica?



terça-feira, 5 de maio de 2020

Sei um ninho

Mas não  guardo segredo

Dia 7 de Abril encontrei num cipreste um ninho de passarinho com quatro ovos brancos, salpicados de pintas.  Mas, ao contrário do poema "sei um ninho", de Miguel Torga, só guardei segredo enquanto os ovos estiveram a ser chocados e os passarinhos não voaram.



Nos dias seguintes voltei ao ninho e, como  ao aproximar-me,  não via a mãe  voar de lá cheguei a recear que os ovos não chocassem devido ao frio. Um dia, porém, vi-a. Dia 15, ao fim da tarde, encontrei três passarinhos e um ovo. Dia 16, às 14 horas, os passarinhos eram quatro a abrir o bico enorme à espera de alimento. Sem penas, tinham a pele protegida por uma camada de pêlos.


A mãe piava no alto das árvores próximas, saltando de galho em galho. Afastei-me, para não  a assustar. Pouco depois entraram no ninho dois passarinhos, um  a seguir ao outro, fêmea e macho provavelmente.


Conselho de Thijs Valkenburg, técnico da associação RIAS.
Nesta fase das crias, será importante não haver distúrbios regulares, uma vez que os progenitores podem deixar as crias se não se sentem confortáveis. Uma espreitadela de 3 em 3 ou 4 em 4 dias poderá fazer. mas se for evitável será o melhor.


Dia 26 de Abril. Perderam a pelugem e  as asas ganharam penas. Excrementos no rebordo do ninho.


30 de Abril. Último dia das crias no ninho.Visita encurtada por receio de que algum deles  caisse e fosse comido pelo gatinho, animal a que dou de comer e às vezes me acompanha, como se fosse um  cão.


Dia 1 de Maio. Quando me aproximei os passarinhos levantaram voo nunca mais os voltando a ver. O  ninho parece abandonado, sem vestígio de que pernoitem nele. Sobreviveram?


Como se chamam estes passarinhos? O técnico a quem pedi informação, baseado na estrutura do ninho e na coloração dos ovos disse que era ninho de verdilhão. Contudo, depois de ver a foto que tirei à fêmea ou macho, disse tratar-se de chamariz ou milheirinha


Cipreste onde foi feito o ninho



sexta-feira, 1 de maio de 2020

Dia do trabalhdor

Dia de trabalho

Primeiro de Maio, em Lisboa.



Dia do Trabalhador, na aldeia



Contrastes...