25 de abril na aldeia
O ínício da primavera em Travancas, devido à latitude, muito a norte do equador, e à altitude elevada, não coincide com a data do equinócio de março.
Chega sempre mais tarde, em abril.
Com os dias ensolarados, desde o dia catorze, a natureza iniciou o processo de renascimento de um novo ciclo vegetativo.
O tojo amarelo, cheio de picos, é sempre a primeira planta a dar o sinal da chegada do tempo primaveril.
Planta endémica, encontra-se florida, neste mês, em toda a região.
Depois de março chuvoso, pastos dobrados em abril.
Os brotos desabrocharam.
...nas nogueiras
...nas pereiras e em todas as árvores de fruto.
Em abril, depois das chuvas, estrumam-se as terras...
Lavra-se, aduba-se, semeiam-se as batatas...
Em abril plantam-se as couves na horta. 
Abril florido!
Sempre primaveril!
Dia da Liberdade
Dia de trabalho
É a primeira vez que passo o Dia da Liberdade em Travancas. Fui ao cemitério fazer uma visita ao "P" e pouco mais fiz porque o marceneiro resolveu vir hoje concluir um trabalho que já deveria estar feito.
Para o Eurico o "25 de Abril" também não é dia de descanso. Foi cobrir as batatas com a mula do tio.
É tempo de semear batatas. Por isso, há que aproveitar o bom tempo, mesmo no feriado, enquanto a chuva não volta.
É assim, a vida na aldeia, ao ritmo da natureza.
