segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Dia dos Fieis Defuntos

Em Travancas, tal como acontece por todo lado, em Trás-os-Montes, vai-se ao cemitério no Dia de Todos os Santos para arranjar as campas dos parentes com flores e velas.

O cemitério é uma montra da comunidade e da evolução dos costumes. Apesar da diáspora emigratória, vizinhos e amigos poem flores em campas aparentemente abandonadas.
No Dia de Finados, depois da missa, foi-se em procissão, ao cemitério.

Pelo caminho foi rezado o terço.

Além do muito povo presente, das três aldeias da freguesia: São Cornélio, Argemil e Travancas, estiveram presentes alguns daqueles que residem fora, deslocados neste dia expressamente à aldeia para visitar o cemitério.


A procissão, reflexo da população residente envelhecida, é um mar de idosos. Alguns, caminham com mais dificuldade



A procissão atravessa o centro da aldeia





O tempo quente e seco, mau em termos agrícolas, contribuiu para tornar menos penosa a caminhada.


No cemitério rezaram-se responsos pelas almas dos que ali estão enterrados.











Mas o local não é apenas espaço onde se reza para que os mortos estejam no eterno descanso.



É também espaço de relações interpessoais onde os vivos encontram amigos e vizinhos que há muito não viam.
Dão-se as novidades, pergunta-se pelos que não estão, fala-se de tudo. No final, a convivialidade reforça os laços identitários de pertença à comunidade.
Parte-se com o sentimento do dever cumprido.