No filme, agentes de empresas concorrentes, procuram convencer uma lavadeira de rio para ir a Paris publicitar a lavagem da roupa numa moderna máquina de lavar.
Em Travancas, porém, aldeia sem eletricidade até aos anos 70 do século passado,
as máquinas de lavar roupa só chegaram há menos de 50 anos.
Até então, a lavagem de roupa continuou a ser feita à mão. Em tempos
mais recuados, numa poça do Cavanco, em frente à Bica do Rigueiro.
No século XXI, apesar de já haver água canalizada ao domicilio; apesar de estar generalizado o uso de máquinas de lavar roupa, há mulheres raianas que não perdem hábitos ancestrais das lavadeiras de rio e continuem, esporadicamente, a lavar no lavadouro público ou em tanques privativos porque na aldeia não há rio.
Lavadeira de rio, transmontana
Povo que lavas no rio
Que talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não
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