Conclusão das obras no cruzeiro de S. Tiago
Com o ajardinamento e pedra comemorativa, ficou concluído o cruzeiro erigido em 14 de dezembro de 2017, em honra de S.Tiago Maior. Embora esteja em
propriedade particular, espera-se, dos que amam Travancas, que o
estimem e o vejam como património da aldeia.
Na esteira de cruzeiros erguidos no passado em encruzilhadas,
com a função de cristianizar locais de culto pagãos, o Cruzeiro de S.
Tiago foi erguido na bifurcação da estrada para a fronteira com o caminho
para as Ruínas de Palheiros, para assinalar o lugar como espaço de
passagem de peregrinos e contrabandistas.
O culto a S.Tiago, antigo e popular, está presente em capelas e igrejas, erguidas em sua honra, em ambos os lados da fronteira. No cruzeiro, painéis de azulejos reproduzem, em três das quatro faces do pedestal, imagens do seu culto em três aldeias raianas próximas.
S.Tiago da capela de Mairos
Com botas e vestes da Idade Média suscita reação empática na população camponesa.
S. Tiago de Tronco, orago da paróquia.
Igrexa de Santiago de Arzúa, paróquia de Berrande, concello de Vilardevós (Galiza).
Cristo eucarístico ou pelicano rosacruz
Embora consagrado a S.Tiago Maior, apóstolo mártir, decapitado em 44 D.C. em Jerusalém, o cruzeiro apresenta na face ocidental do pedestal, no fuste e na cruz, uma simbologia esotérica, alusiva ao peregrinar do Homem em busca da Luz.
INRI
Santiago Matamoros
Embora em Arzúa, Tronco e Mairos, a iconografia represente S. Tiago como apóstolo e peregrino, durante a guerra contra os Mouros a iconografia da época representou-o, por vezes, montado num ginete branco.
O seu culto, iniciado na Reconquista, espalhou-se por toda a Europa e Santiago de Compostela converteu-se em importante local de peregrinação para a cristandade, dando origem aos Caminhos de Santiago, reconhecidos como caminhos culturais pela UNESCO .
A Ordem de Malta
Os Cavaleiros Hospitalários de São João de Jerusalém são uma ordem religiosa e militar, fundada em 1136 na Palestina, com presença indelével nas terras raianas de Vilardevós e Monforte de Rio Livre.
Vigiavam caminhos, como os Templários, e criavam hospitais para assistir os peregrinos enfermos. Em 1530 passou a chamar.se Ordem de Malta.
Antigo albergue de peregrinos em Roriz
Embora pouco povoadas, as terras de Monforte de Rio Livre, ficavam na rota de caminhos jacobeus secundários que, com origem na Terra Quente, passavam por Palheiros e Cota de Mairos para desembocar na Via da Prata em Vilardevós.
Urge valorizar o património histórico e paisagístico, colocando Travancas nas Rotas do Contrabando e nos Caminhos de Santiago. O lema da União de Freguesias de Travancas e Roriz é Unus pro omnibus, omnes pro uno. Todos por Travancas!
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