Campanha de 2015 terminou
Na semana que passou andei por São Cornélio, Argemil e Travancas à procura de quem tivesse batatas por arrancar.
Em seguida procurei saber quando e onde se faria o arranque.
Sexta à tarde, entre Argemil e a capela do Senhor dos Aflitos. O terreno, onde em anos bons se colhem perto de 15 mil kg de batatas, ainda estava com humidade, resultante da forte chuvada caída no início da semana.
No tempo em que as batatas eram vendidas à cooperativa, a campanha do arranque começava em setembro. Este ano, contudo, com o verão quente a dar um empurrão, começou em meados de agosto. Semeadas em 19 de maio, são as últimas batatas a serem arrancadas.
A produção no planalto da Capital da Batata, está em queda há vários anos. O preço pago aos agricultores, não cobrindo os custos, faz com que se procurem culturas alternativas, como o milho e a plantação de soutos.
Na Sexta, o arranque; sábado de manhã, a apanha.
Desirée e Kennebeck, as variedades produzidas nas terras da raia.
Para quê correr o risco de semear batatas que não sejam para consumo doméstico e alimentação dos animais? Cálculos feitos, por 0,30 cêntimos o quilograma, a produção seria rentável. Resta esperar que apareçam compradores a pagar esse preço.
Assim sendo, que se concretize a esperança e o risco do desafio seja aposta ganha.