segunda-feira, 25 de abril de 2022

O Tempo das Cerejas

Promessas de Abril

Os três D D D do MFA

 

 Descolonizar

Democratizar

Desenvolver

 

Hoje, 25 de abril de 2022, graças ao MFA - Movimento das Forças Armadas - a democracia completa 48 anos, tantos quantos durou o Estado Novo, regime autoritário de Salazar e Marcelo Caetano.  A jovem não viveu sob a ditadura mas, sabendo que havia censura e policia política, como milhares de jovens da sua geração diz, Fascismo Nunca Mais!  

 

O TEMPO DAS CEREJAS é uma metáfora sobre como será a vida das pessoas quando uma revolução terá mudado as condições sociais e económicas. 

 

 

 
 O Temps des Cerises é também o nome de uma música francesa, dedicada  a uma enfermeira que, na Comuna de Paris, em 1871, tratou revolucionários, feridos pela Guarda Nacional.


Quand nous chanterons le temps des cerises
Et gai rossignol et merle moqueur
Seront tous en fête


Les belles auront la folie en tête
Et les amoureux du soleil au coeur
Quand nous chanterons le temps des cerises
Sifflera bien mieux le merle moqueur



Há 48 anos Travancas vivia parada no tempo, à luz das velas, candeias e lampiões a gás. A eletricidade só chegou depois da Revolução dos Cravos. A generalidade das casas eram desconfortáveis, sem casa de banho nem água canalizada. Não havia recolha de lixo. As ruas eram de terra batida tal como o chão das casas dos mais pobres.
 

 
 
Em 1974, na aldeia só  havia um telefone público, no comércio do  Zé Maria, a que era preciso dar à manivela, para ligar à Central em Chaves. Travancas, 48 anos depois, graças às novas tecnologias, está integrada na aldeia global.


 
Problemas novos. A aldeia despovoou-se de jovens, ficaram os velhos. Por iniciativa do senhor padre Delmino foi construído o Lar de idosos, Senhor dos Aflitos, e a escola primária fechou por falta de crianças. 
 
 
 
 
A Liberdade
Retido em Oeiras por motivos de saúde, fui à  Assembleia da República, aberta ao público, e à manifestação na Avenida de Liberdade. 
 
No dia 1º de Dezembro de 1640 os Restauradores libertaram Portugal de 60 anos de domínio espanhol. No Rossio, outro monumento homenageia D. Pedro IV, rei não absolutista, defensor da submissão do rei à Constituição liberal.  
 
Em 1974 os militares de Abril, sem derramento de sangue, puseram fim ao mais longo império  colonial da Europa e libertaram o  povo português da opressão.
 

 
 
Em Travancas ainda há pessoas que se lembram de andar descalças  e de pedir esmola. A pobreza, contudo, com novos contornos, não desapareceu do país.
 
 
 
 
 
 
 
De país fechado e atrasado, a país progressivo e aberto ao mundo: Portugal multiétnico e multicultural.
 
 
 
 
 
Jovem educado em valores  democráticos: amor à pátria e à liberdade.
 
 
 
 
Um avozinho babado pela assagem do testemunho entre gerações, no Dia da Liberdade.
 
 


 
BB: O 25 de Abril, para  mim, é um estado de espírito
Bernardo Blanco, 27 anos, deputado do Partido Iniciativa Liberal,  ganhou a minha simpatia pelo discurso que fez na Assembleia da República, na sessão comemorativa dos 48 anos do regime democrático.  Foi o melhor de todos: pela candura, inovação, clareza, concisão e  por as expressivas palavras, sem retórica ideológica, lhe brotarem do coração. 
 
Procurei-o na Avenida da Liberdade, e ele não faltou ao meeting; estava lá, num espaço que deve primar pelo pluralismo e tolerância, a defender que "somos todos ucranianos". BB, num paralelismo com o espírito simbólico do 14 de Julho em França, a Revolução dos Cravos, no seu centenário, querelas à parte, será de todos os portugueses!
 


 

J´aimerai toujours le temps des cerises
C´est de ce temps-là que je garde au coeur
Une plaie ouverte
Et Dame Fortune, en m´étant offerte
Ne saura jamais calmer ma douleur
J´aimerai toujours le temps des cerises
Et le souvenir que je garde au coeur




sábado, 16 de abril de 2022

Folar Transmontano

 Folar tradicional da Páscoa

O folar da Páscoa, doce ou salgado, é uma tradição que, nesta quadra festiva, se mantém viva em todas as regiões de Portugal.

 


O folar salgado, o mais tradicional, em Trás-os-Montes, é feito com farinha, ovos, fermento, massa leveda, azeite, manteiga, sal,  água. Dentro, leva carnes de porco: presunto, salpicão, chouriços e toucinho.  Por estar tão enraizado nas gentes transmontanas, o folar é um símbolo da sua identidade cultural. 

 

 

Antigamente, no Domingo de Páscoa, era costume as madrinhas oferecerem um folar aos seus afilhados. Há quem diga que a origem do bolo está  ligada  à amizade e à reconciliação.


Com o envelhecimento da população, e quando a força vai faltando nos braços, em Travancas, Argemil e São Cornélio, encomenda-se o folar ao padeiro de Tronco, de Vidago, ao João Padeiro, etc.   E assim, as panificadoras vão substituindo-se, aos poucos, no fabrico dos folares caseiros.


Durante a pandemia da Covid-19  houve panificadoras da região que, apoiadas pelas câmaras municipais de Chaves e Valpaços, através de plataformas de vendas na internet, alargaram o mercado consumidor, levando o folar transmontano, com certificado de origem, a todo o país. 



Coma  folar e tenha Boa Páscoa!



segunda-feira, 11 de abril de 2022

Semana Santa

Domingo de Ramos
Este ano retomou-se a tradicional  comemoração do Domingo de Ramos, no largo ao lado do adro da igreja paroquial.  A numerosa participação, sobretudo de homens, surpreendeu pela positiva.
 
 

Voltaram os ramos de oliveira e alecrim, para serem benzidos. Na Semana Santa, os ramos simbolizam  a alegria pela entrada de Jesus em Jerusalém, saudado como Messias pela multidão.


Durante a Semana Santa, faz-se a Via Sacra todos os dias, recordando os passos da Paixão de Jesus, até ao Calvário. São catorze as estações, meditando-se e rezando-se em cada uma delas.


As fotos são de arquivo. Este ano, afetado pelo coronavírus, não estive presente nesta bonita tradição religiosa e cultural.