terça-feira, 31 de março de 2020

Nevada Primaveril

Três horas de forte nevada

Bica e bebedouro do Rigueiro com ornamentação alusiva ao Inverno frio das terras altas da raia. Em Travancas há quatro destas bicas, tantas como as estações do ano!


Mas os invernos na montanha já não são frios como os de antigamente. Este, de 2019/2020, foi suave; nem sequer se cumpriu  o popular ditado "Se não neva em Santa Luzia neva no outro dia".



 
A queda ininterrupta de farrapos de neve no dia de hoje, das 11h às 14h30, cobriu de branco as aldeias do Planalto da Bulideira e das serras ao redor.


À alegria de presenciar a queda abundante de neve, durante algumas horas,  segui-se a tristeza de a ver, fofinha, ser derretida pelos pingos de água, caídos no final da nevada devido à elevação da temperatura. 



Não perdi tempo a percorrer a aldeia, para fotografar e guardar para memória futura a alvura do manto de neve, fresco e propício ao recolhimento intimista.



Cameleira florida, planta de folha perene resistente ao frio.


Amplo espaço, voltado para a Sanábria, coberto de um  manto de profundo silêncio, onde não se ouve sequer o chilrear dos passarinhos regressados com a Primavera.

Bonito arbusto florido na Rua de Espanha. E que tal, uma Rua da Galiza, como à saída de Chaves, em homenagem aos "irmáns de fala galega"?


Quintal da  Casa do Pelicano, um jardim florido. Até quando?


Ei-lo, o senhor Modesto, único dos moradores que encontrei na ronda pela aldeia, confinados em casa em tempo de pandemia gripal. Breve troca de palavras, respeitando o distanciamento social imposto pelo estado de emergência.


Aristocráticas tulipas vermelhas do Beto, do Café Central,  tonificam a vista de quem passa por elas.

O sobrado, com as obras junto à Bica do Pêto, ganhou maior visibilidade e robustez estética. Parece novo!




































sábado, 21 de março de 2020

Primavera, bem-vinda

Equinócio da Primavera
Quando luz e trevas se equilibram

Primavera, estação do despertar da Natureza. A luz faz brotar a flora e as criaturas viventes seguem o ciclo de reprodução. É tempo de renascimento, de nascer para uma vida nova


Inspirado em Miguel Torga também eu poderia dizer "Sei um ninho", mas não digo a ninguém onde está! Os quatro ovinhos devem ser de verdilhão, de acordo com um especialista a quem fiz a pergunta. Mais não digo por agora.


Narcisos



Bonita craveira trazida de São Pedro de Sintra. Os oeillets rouges, em Portugal, são símbolo de liberdade desde 25 de Abril de 1974. Nunca me tirem um dos bens mais preciosos, a liberdade de pensamento, que definho.


Ainda não consegui ter boa produção de morangos. Será desta?



Olhai  os lírios do campo!  Nome poético para o lírio roxo da foto mas sendo título de um  romance de Érico Veríssimo deve ter outra leitura.

Post Scriptum: A curiosidade levou-me a descobrir que o romancista gaúcho, para o nome do livro, se inspirou  num trecho do Sermão da Montanha que se chama Olhai os lírios no campo.



Os frutos desta pereira costumam ser suculentos.


Uma andorinha não faz a Primavera. E duas, fazem?
Coincidência ou não, apareceram no quintal dia 21 de Março.  Irão aproveitar o ninho do ano anterior?


As esbeltas tulipas, com sua aparência aristocrática, são das minhas flores preferidas para cultivo. O problema são as toupeiras que comem os bolbos.


E viva a Prmavera!
Glória ao Criador!