sábado, 28 de abril de 2018

Gata sem-abrigo

Adotou-me!

A minha adoção pela gata sem-abrigo, começou quando os narcisos começaram a florir.



Dois  dias após o meu regresso a Travancas  para passar cá a Páscoa, veio ter comigo,´acompanhando-me  ao Vale da Bouça, ao largo do coreto, à igreja e a qualquer lado, num raio  de 300  metros não me largava.


Seguia sempre à minha frente, como cãozinho amigo. Se eu parava, parava também, ficando à minha espera para iniciar a marcha.
Ao arrancar ervas aos morangueiros fica imóvel, a fazer-me companhia... 
A gata procura dono...
 


Com frequência começou  a roçar-se aos meus pés, comportamento que interpretei como sendo de afeição.


Mais recentemente, após nova ausência  da aldeia, soube que pariu três gatinhos...


Ainda sem se deixar acariciar...
aos meus pés, brinca...



adormece...


boceja...


coça-se...
mas, desconfiada, foge se tento fazer-lhe festinhas no lombo.


Não sobe a escada do pátio com receio da sapatada da dama primaz da minha companhia.

Rosna, chama por mim, parecendo dizer-me:
-Vem dar-me de comer!


E eu dei-lhe.
Ao fim de quase dois meses, enternecido pela perseverança e companheirismo dela, fui ao  Leclerc comprar-lhe comida, que devora com avidez.


Cativa, o meu dever moral agora é velar pelo bem-estar da gata de ninguém, caçadora de ratos e passarinhos descuidados...



terça-feira, 10 de abril de 2018

Intensa nevada

Fugaz, soube a poucochinho

A neve voltou esta segunda-feira à  hora  do  almoço.



Nevando  intensamente durante quase uma  hora.



Telhados  e campos ficaram  cobertos  de um  manto  de brancura.



A neve na copa das árvores  é um tónus para os olhos


Numa volta  por algumas ruas da aldeia  colhi estas  fotos.


Imagens belas mas efémeras














 
 
 

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Março, águas mil

Acabou a seca prolongada
O mês de  março de 2018 foi o  segundo mais chuvoso  desde 1931

Barragem do Vale das Tábuas está  cheia, finalmente.



Neste momento a capacidade de armazenamento chegou ao limite.


Havendo água suficiente para rega nos meses de verão.




No entanto, se este mês fizer jus ao provérbio "Abril, águas mil"  a sementeira da batata atrasa-se porque  não se pode fazer  nada  sem a terra absorver o excesso  de  água



A chuva fazia falta; haja esperança  num  bom ano  agrícola!



segunda-feira, 2 de abril de 2018

Jacinto, a flor do equinócio

Na Terra Fria da raia trasmontana


 Os jacintos  são das primeiras flores de jardim a florir.
 
 
São de múltiplas cores
 
 
 
Os bolbos rebentam no final do inverno, prenunciando a chegada da primavera.
 
 
 
Suportam temperaturas baixas e nevadas.
 


Como noutros quintais da aldeia, o jardim da Dona Maria, esposa do senhor Manuel, está repleto destas flores perfumadas.
 

Quando o dia vence a noite, e a luz as trevas...



... o jacinto floresce, dando  inicio a um novo ciclo de vida na Natureza, eterno renascer que simboliza o triunfo da vida sobre a morte.
 
 
E nós, em tempo de Páscoa, pomo-nos em sintonia com as forças da Natureza, preparados para renascermos interiormente?