Sem a força de outrora
Vai longe o tempo em que a sementeira era uma grande azáfama. Por todo o mês de abril, no planalto ecológico da União das Freguesias de Travancas e Roriz, se viam tratores a semear batata nas terras que não estavam de pão.
Numa terra que já foi "Capital da Batata"; onde se produzia excelente batata de semente certificada, importa-se agora, da Holanda, a mais cara, a 28 € o saco de 25 kg e a mais barata, da Dinamarca, a 9,50 euros.
Este ano não vale a pena semear para vender. No anterior ano agrícola, com o quilograma da batata a ser comprado ao agricultor por dez cêntimos - preço que não cobria os custos - há produtores que ficaram sem vender a produção, preferindo dá-la de alimento aos animais.
Na segunda semana do mês, indo de São Cornélio a Argemil, já só se vê um ou outro produtor a semear batata, para auto-consumo, em pequenas leiras.
O fim da época da sementeira chegou antecipadamente a meados do mês.
Resultante de Políticas Agrícolas Comuns, da União Europeia.
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