No Domingo Gordo
Em Travancas não se festeja o Entrudo há muitos anos mas o leilão de Santo António, esse, mantem-se vivo e é costume realizá-lo todos os anos por altura do Domingo Gordo.
Santo António não tem altar próprio na igreja matriz, para devoção, mas há uma imagem dele por cima do arco de acesso ao coro da igreja, ao lado de São Sebastião e de Nossa Senhora da Conceição.
Em nome do santo protetor, duas senhoras, Amélia e Maria, percorreram a aldeia para fazer o peditório. Este ano foi fraco em pés de porco, orelhas, salpicões e dinheiro.
Em Argemil, o leilão, feito no Domingo Magro, rendeu bem mais, cerca de 800 euros. Há quem diga que é por a aldeia ser mais povoada e os moradores serem mais generosos, exemplificando-se com o fato de por vezes se deixar o troco em peditórios.
A tradição do leilão ao santo casamenteiro, feita no final da missa, perde-se na memória das pessoas mais velhas.
O requinho de Santo Antonio, a animar as ruas da aldeia, com o seu chocalho, reclamando ração, é que se perdeu...
O dinheiro da venda do reco, tal como o do "leilão da orelheira", como é chamado noutras terras, é usado para rezar alguma missa e cobrir despesas da igreja.
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