(De volta às postagens)
A imagem é de Travancas, mas podia passar por ser foto de uma das "Escolhidas" de Graça Morais, pintora transmontana que imortalizou na tela as mulheres do Vieiro, aldeia onde nasceu.
No Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, enquanto a mulher raiana corta a lenha, alheia à efeméride...
... os meios de comunicação social bombardeiam a opinião pública com o tema da igualdade do género; os deputados, por unanimidade, guardam um minuto de silêncio pelas mulheres vítimas de violência doméstica; cinco sindicatos apelam a greves das mulheres e diversas organizações realizam manifestações nas cidades.
Amanhã, porém, será outro Dia!
A sociedade consciencializa-se da diferente ocupação de empregos e da disparidade salarial com base no género mas omite-se a dicotomia existente entre mulheres do campo e da cidade.
Parafraseando Graça Morais, as mulheres de aldeia foram sempre "mulheres com muito poder... fizeram crescer as árvores e os filhos... Não usam cremes, a pele vai envelhecendo naturalmente, são rostos que acompanham o tempo e não há uma luta contra o tempo nesses rostos".
Na opinião da pintora "mesmo o trabalho do campo, quando é feito com amor não é feito com infelicidade...devido à comunhão que elas têm com a Natureza".
-Bom dia Dona J... Então, a trabalhar numa manhã tão bonita? Sabia que hoje é o Dia da Mulher?
-Sim, vi na televisão; mas que se há-de fazer?
2 comentários:
Interessante postal.
Cá por mim, para me meter com a susceptibilidade das pindéricas e dos pindéricos «feminazi» lisVoetas e seus «adjacentes», escreveria que a "Tia J.." estava ..............a pitar lenha!
É uma ternura a gente simples e boa da NOSSA TERRA!
Os anjos sabem por onde podem andar disfarçados!
´Romeiro de Alcácer
Post muito bonito em fotos e testo como naturalmente é trás-os-montes mas...
Que é feito do Pereyra?
Venham lá novidades raianas que para quem está longe sempre aguçam o apetite.
José
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