segunda-feira, 9 de maio de 2022

Minha Europa

Pobre Ucrânia (nos)

 9 de Maio, Dia da Europa em Travancas

A bandeira azul com  o círculo formado por doze estrelas amarelas, voltou a ficar desfraldada à janela de casa, no dia em que se celebra o início da criação de uma Europa Unida.

Pus a tocar no CD o Hino da Alegria, hino de paz e fraternidade, da 9ª sinfonia de Beethoven, e aumentei o volume para que a música se ouvisse na rua.

 

 

Robert Schuman, ministro dos negócios estrangeiros da França, considerado um dos pais da ideia de uma Europa Unida, em paz e sem guerras, no dia 9 de Maio de 1950 proferiu a Declaração Schuman, documento onde propunha à Alemanha Federal, mas aberta a outros países, a criação da CECA - Comunidade Europeia do Carvão e do Aço.

Fundada pela França, República Federal da Alemanha, Itália, Países Baixos e Luxemburgo, a esta instituição supranacional seguiram-se outras que deram origem à atual União Europeia, composta por 27 estados membros, após a saída do Reino Unido  em 2019.


9 de Maio de 2009 na Escola Primária de Argemil

Desde a adesão de Portugal à CEE - Comunidade Económica Europeia, em 1986, fui entusiástico apoiante de uma Europa Unida. Preparados por mim, os meus alunos, em  concursos, a nível europeu, ganharam prêmios de melhor projeto educativo  em Bruxelas e Estrasburgo.

Em 2002, orgulhoso do lançamento da moeda única, munido de euros no bolso, fiz 10 000 km de carro, durante um mês, viajado com a família até à ex-Europa de Leste, passando por Liubliana, Zagreb, Praga, Bratislava e Varsóvia.











 Dia da Europa em 2009 na Escola primária de Mairos 


Em 2009, continuando a acreditar genuinamente na construção  de  uma Europa  Unida, passei a mensagem a alunos, professores e encarregados de educação das escolas primárias de Argemil e Mairos

Em 2015 sofri forte deceção ao ver egoísmos nacionais negarem ajuda financeira solidária à Grécia, berço da civilização europeia.


 

 Girassol, símbolo da Ucrânia

Por causa da Ucrânia receio que a minha Europa tenha perdido capacidade de mediação entre separatistas pró russos e governo nacionalista, instalado em 2014 em Kiev após os acontecimentos de Maiden. Em 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, receio que a minha Europa esteja a entrar no conflito pela via das sanções à Rússia e do apoio militar acrescido à Ucrânia.

Hoje soam mais alto as vozes daqueles que defendem "se queres a paz, faz a guerra".  Os ouvidos dos senhores da guerra parecem moucos às vozes de humanistas, como o secretário geral das Nações Unidas e o Papa Francisco, que privilegiam a arma do diálogo para resolução de conflitos.

O nacionalismo emerge por todo lado...

Para onde vais, Europa minha?

Pobre (s)  Ucrânia (nos)...



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