Nas hortas da Capital da Batata
As batatas semeiam-se tarde, em abril. Mais cedo, não, para evitar que as geadas queimem os rebentos. Dois meses e meio depois começam a florir e em setembro faz-se o arranque.
O verde da rama da batata e o branco da flor são um tonificante visual a quem percorre as ruas nesta altura.
Em Travancas, ao contrário de muitas aldeias, as hortas, de terras férteis, intercalam-se com casas, especialmente nas ladeiras viradas para o anterior curso do rigueiro. Nos campos à volta do povo, este ano predomina a cor das searas de centeio. O preço pago ao produtor é que determina em cada ano agrícola, se se deita mais centeio à terra ou mais batata.
Plantação de batatas no quintal do Matias, para consumo doméstico.
Bonita flor de batateira
O trabalho de produtor de batata é árduo. Não bastam a rega e a monda....
É preciso cobrir as batatas com terra para que não fiquem sujeitas a apanhar luz solar. A técnica é um saber que se transmite de geração em geração. Nisso, o Tó Ribeiro é um mestre. Com o saber de experiência feito, ele ensina quando e como cobrir as batatas.
É preciso estar atento ao aparecimento de pragas e espalhar atempadamente o veneno pela rama.
Comentando com o Isaac, residente em Estrasburgo, mas a passar uma semana na terra, que era mais prático e barato comprar as batatas, para consumo, do que produzi-las, contrapôs-me ele, com evidente orgulho: -mas as nossas, semedas por nós, sabem melhor!
1 comentário:
Estou de acordo com o Isac batatas como as de travancas ! Aqui em Bruxelas tento encontrar batatas boas ; mas como as minha terra nao encontro Um abraco isac e Um muito obricado ao sr que tirou as fotos
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