Que rica marmelada!
Por estes dias de outono as senhoras de Travancas andam atarefadas a fazer compotas, doce de abóbora e marmelada. O saber fazer doces é uma técnica que transmitem umas às outras e aperfeiçoam ano após ano.
Uma delas, a dona Juraci, cozinha muito bem. Das suas mãos saem saborosos folares e fumeiro. Hoje trouxe cá a casa estes bonitos marmelos e uma marmelada feita por ela. Não resisti à gulodice e cometi o pecado mortal de comer logo uma fatia com pão. Soube-me tão bem!
À sobremesa do almoço repeti a dose mas em vez de pão comi a marmelada com queijo, como é habitual em Trás-os-Montes.
De tarde... bom, de tarde ajudei a minha mulher a cortar os marmelos oferecidos pela nossa vizinha. Sendo rijos não é fácil cortá-los mas, a dois, foi rápido.
Como se faz a marmelada? Ficou-me no ouvido que se põe a mesma quantidade de açúcar e de marmelo e, para a cozedura ser mais rápida, se passa a fruta na varinha mágica.
A marmelada caseira ficou com esta cor. Quando perguntei porque razão não ficou amarela como a da dona Juraci, a explicação que a minha mulher me deu é que pôs água a mais, levando, por isso, mais tempo a evaporar. Mas deve estar saborosa, com certeza!
A minha mãe também punha a marmelada em malgas e, tapadas com um papel, guardava-as numa tábua pendurada no teto da sala para os ratos não chegarem lá.
Certa vez, porém, descobriu que numa das malgas, por baixo do papel, não havia marmelada porque o "rato" do meu irmão, descobriu-se depois, tinha feito das dele.
1 comentário:
Mas que grande marmelada que para aí vai...!!! Ahahahah!!!
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