Mãe passarinho não larga filho sozinho
No dia 29 de maio, encontrei este ninho na Cortinha, numa giesta que me preparava para cortar.
Emocionado, recordei-me de um ninho da minha infância, vendo-me encarrapitado no alto de um choupo, no Ferrado de Cabrões, a espreitá-lo.
Salvou-se assim a giesta e o ninho!
Espero que na minha ausência forçada, de quase três meses, nenhuma cobra rateira tenha comido os ovos e que os quatro passarinhos andem por aí a fazer o pino a voar.
Em finais de agosto, vi um, no pátio da casa, sem conseguir levantar voo, a chamar pela mãe. Ela, chilreando, aparecia, desconfiada da minha presença, levando-lhe o alimento ao bico e incentivando-o a voar. Mãe é mãe!
Emocionado, recordei-me de um ninho da minha infância, vendo-me encarrapitado no alto de um choupo, no Ferrado de Cabrões, a espreitá-lo.
Salvou-se assim a giesta e o ninho!
Espero que na minha ausência forçada, de quase três meses, nenhuma cobra rateira tenha comido os ovos e que os quatro passarinhos andem por aí a fazer o pino a voar.
Em finais de agosto, vi um, no pátio da casa, sem conseguir levantar voo, a chamar pela mãe. Ela, chilreando, aparecia, desconfiada da minha presença, levando-lhe o alimento ao bico e incentivando-o a voar. Mãe é mãe!
É de Miguel Torga, escritor transmontano, o belo poema que transcrevo:
SEGREDO
Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar...
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