Tempo de abastança
Hoje mataram-se mais cevas. Duas, o Modesto; uma, o Fernando. Esta semana também matam, o Albano, o Tó Ribeiro e outros cujos nomes me escapam.
O tempo, com geadas noturnas e sol brilhante, durante o dia, vai de feição para a tradicional matança do reco, costume que fundamentalistas apelidam de bárbaro, desconhecendo a sua importância económica e cultural, para a sobrevivência das comunidades rurais de Trás-os-Montes.
A ceva, com cerca de 150kg, resistiu à força de cinco homens, até o cuincar expirar.
Gustavo, da Cila, não acertou à primeira, mas conseguiu!
Já vai longe o tempo em que o reco era chamuscado com palha.
Terminada a época das colheitas de outono - a castanha foi a última - vem a matança, festa de abundância, em que amigos e vizinhos participam.
Antigamente, do porco tudo se aproveitava. Até o sangue - berde - era utilizado para as "papas", para cozer e para sangueiras. Não foi o caso, hoje.
Animal pronto para ser pendurado e aberto, até enrijar, com o frio.
Geada, às 10h da manhã.
Reco do Modesto, de "pata preta", pronto para desmanche, dentro de dois dias. Será o "goberno da casa" durante o ano!
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