segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

As pencas do Natal

Famosa couve portuguesa

Há muitas variedades de couve: lombarda, galega, tronchuda, coração de boi, roxa, repolho, brócolos, flor, Bruxelas, etc. mas nenhuma é tão apreciada na época natalícia como a penca. Em Trás-os-Montes não há ceia de Consoada em que ela não acompanhe batatas cozidas com bacalhau ou polvo, regados com azeite.


Couval de Travancas com couves do Natal. A penca raiana, embora seja saborosa,  não é famosa como a penca de Mirandela, cujas sementes são certificadas.



A transplantação da penca, ou couve portuguesa, como é designada fora de Trás-os-Montes, é feita em agosto. Deve ser regada, para as raízes se agarrarem à terra, mas sem ser em demasia.







A Brassica oleracea var. costata, nome científico da penca, é uma variedade de repolho fechado que normalmente ultrapassa os quatro kg. Tem caule curto, folhas grandes e largas; cor verde claro e talo carnudo. É bastante rústica e resistente ao frio, aguentando temperaturas até oito graus negativos.









A partir do Advento a couve plantada em agosto começa a ser colhida.


O polvo faz parte da gastronomia transmontana e, tal como o bacalhau, é servido à mesa, acompanhado com batatas e couve penca.


De horta para horta, um olho bem treinado descobre pequenas diferenças entre as pencas. Umas ligeiramente mais escuras, outras com talos mais largos; umas mais fechadas, outras mais abertas, etc..

Mas todas são couve penca, couve do Natal.







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