Vacaria de Argemil faz a diferença
Qual vaqueiro, guardador de boiada, montado em seu cavalo, encontrei-o em cima do trator, no momento de uma impressionante acrobacia em que as rodas da frente estavam levantadas, que temi pela vida do tratorista. Mas ele, experiente, soube domar a geringonça e voltou a assentar as rodas dianteiras no chão.
Com ar sorridente, perguntou-me se não queria falar da sua vacaria no blogue. Não hesitei na resposta. Um convite desses é sempre bem-vindo e ele, cioso da sua criação, levou-me às instalações para me mostrar o gado.
O gado bovino, de pelagem creme, mucosas róseas, é um cruzamento de pura raça charolesa, branca. Na freguesia é ele o único criador desta raça de gado. O nome, charolês, deriva de Charolles, uma localidade da Borgonha, região francesa de onde a raça é originária e se espalhou para o mundo inteiro.
Alimentado com raba e outras forragens, é um gado com aptidão para a produção de carne de excelente qualidade, com menos gordura, embora na origem também estivesse vocacionado para o trabalho no campo e a produção de leite.
O criador tem dezenas de animais em dois estábulos e ao ar livre, para engorda. Há novilhos com 16 dias; vacas de oito meses, com 600 kg a 800 kg, prontas para serem abatidas no matadouro de Chaves; vacas que vão parir dentro de dias e touro de cobrição.
As charolesas são as suas meninas, que trata com o zelo de quem está ciente que tem nelas o maná.
Em todas as aldeias da freguesia há produtores de gado, mas é em Argemil, onde há outros criadores, que a produção de carne bovina é mais forte.
Na exploração familiar o trabalho é intenso mas, com maquinaria, a mão
de obra assalariada é dispensável, tornando rentável o investimento.
Vaca sagrada?
Para o criador é inquestionável, é o seu ganha-pão!
Para o criador é inquestionável, é o seu ganha-pão!
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