terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Entróido de Chaves

Foi na eurocidade  Chaves-Verin!

No Entrudo, se nós os transmontanos temos os caretos, nem todos famosos como os de Podence e de Ousilhão, os galegos do Vale  de Verín têm os cigarrons!
Graças à mascara, tanto os caretos como o cigarróns gozam de imunidade por parte da moral social vigente. É Carnaval, ninguém leva  a  mal as suas diabruras!



Não há Entróido sem cigarróns, seis chocalhos à cintura, a correr pela via pública e a impor a ordem com chicote. Este ano houve muitos miúdos, como nunca,  a seguir as passadas dos pais.



Desde 2007 que Chaves e Verín, cidades termais banhadas pelo Rio Tâmega,  formam  uma eurocidade,  com o objetivo de criar  laços duradouros, no entanto antigos.

Por isso, nós, flavienses da cidade e da raia, vimos a Verin, ao Entróido! Non temos mellor.



Nenas, fantasiadas de anjinhas


O corso não foi apenas longo; houve muita criatividade, riqueza no vestuário e grandes cabrões  também.

No público via-se muita gente fantasiada, em todos os escalões etários.  Os portugueses, porém, limitaram-se a assistir!




Entroideiros de "Os Lampreas de Verín", sem papas na língua! A crítica mordaz  e a sátira,  aos costumes e à classe política, sempre presentes.



Um grupo de folións trouxe a Catalunya ao corso; no traje, na música, na estelada (bandeira dos independentistas republicanos)  e no casteller  (típica torre humana). 


À aproximação dos "catalans", uns espanholistas começaram a cantar "Que viva España" causando-me mal-estar.
Como é que uma música tão bonita e alegre, cantada por nacionalistas e neo-franquistas se assemelha a um grito de guerra?
Causa temor o nacionalismo espanhol porque, ao contrário de outros nacionalismos ibéricos, açambarca territórios e subjuga nações.
Ai Portugal, Portugal, não ponhas as barbas de molho!


Um grupo de cavaleiros, incluindo de Chaves, encerrou o corso de Domingo Gordo. 
Ata o ano!



 Catalunya




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