Vai Travancas da Raia... a Padornelo
Cada vez que vejo os cumes das serras galegas cobertos de branco, fico desejoso de ir ao encontro da neve.
Fevereiro até tem sido extremamente frio mas o ar seco da Islândia não traz nevadas à Terra Fria transmontana.
Fevereiro até tem sido extremamente frio mas o ar seco da Islândia não traz nevadas à Terra Fria transmontana.
Por isso, como Terça-feira de Carnaval nevasse em Padornelo, não resisti, meti-me no carro e subi com a "namorada" à Alta Sanábria.
Autovia das Rias Baixas, entre Gudiña e Puebla de Sanábria. A neve, caída durante toda a manhã, começava entretanto a derreter com a morriña.
Padornelo, aldeia sanabresa do concelho de Lubián, está situada acima da cota de 1300 metros.
Chega-se lá passando os túneis das Portelas de Canda e Padornelo.
A Alta Sanábria é de cultura galega mas o estado espanhol, no século XIX, retirou a região ao Reino da Galiza e anexou-a à província de Zamora, de fala castelhana.
Apesar da imposição do castelhano, o galego resiste, não tendo desaparecendo por completo.
Apesar da imposição do castelhano, o galego resiste, não tendo desaparecendo por completo.
Igreja românica de Nossa Senhora da Assunção, em Padornelo.
Por aqui passa a Via da Prata, variante sanabresa do Caminho de Santiago.
"Tenda" do senhor Baltazar, à beira da estrada, na qual se torna obrigatório entrar cada vez que me desloco à aldeia.
Ele, em Portugal, gosta de bacalhau e eu em Espanha, do "jamon" fumado! Afável, em português e galego nos entendemos.
Comprei-lhe um "zapatero", 18 meses de cura, "gran reserva". Garantiu-me, após a prova do cheiro, num pau espetado no presunto, que era do melhor da Sanábria e que ficava bem servido. Bom comerciante, ofereceu-me uma garrafa de tinto Val de Oliva, de Toro.
A ver vamos...
A ver vamos...
Dias depois...
Nada mau este zapatero! Aprovado.
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