quinta-feira, 25 de abril de 2019

Neva no 25 de Abril

Dia da Liberdade na neve

Fotografar casas cobertas de neve era possível em Travancas, até há 10 anos, quando havia grandes nevões. Agora, para ver tudo coberto de branco, é preciso ir à Serra do Larouco ou a Padornelo,  aldeia do outro lado da raia.  Mas, até quando?



Nevascou em Travancas no 25 de Abril, Dia da Liberdade, e no dia anterior, fazendo o coração saltar de regozijo.


A queda de neve e o manto branco proporcionam sempre um alegre desassossego, mesmo sendo poucochinha e de pouca dura...


... que não ofusca a tristeza por não haver nevadas  como outrora.


E o culpado da mudança não é a mãe Natureza  mas o próprio ser humano!


Nos campos lavrados do Vale Grande a neve também era escassa.



E em Padornelo, como seria? No dia 24 de abril travessei a fronteira, levando comigo os "flamenguinhos" A família estava cá a passar férias. Fui por Arçádegos e Vilardevós em direção à auto-estrada que passa na Sanábria. Havia muita neve na aldeia, situada a 1.300 metros de altitude, mais 400 m que em Travancas.



No dia seguinte, 25 de Abril, nevou de novo em  Travancas e não foi difícil convencer os pais dos flamenguinhos a irem todos brincar na neve a Padornelo.

A  aldeia, pertencente ao concello de Lubián, na Alta Sanábria, é de língua galega, onde não ouvimos dizer "no comprendo", mas está anexada desde o século XIX à província castelhana de Zamora.



E assim, a escorregar no tabogã e  a fazer boneco de neve, se passou o Dia da Liberdade  junto à Igrexa de San Xoán de Padornelo.


É a segunda vez que o feriado é passado a brincar na neve. A primeira, inesquecível, foi há mais de vinte anos, em Bergen, na Noruega, onde estava eu a menina que agora  é mãe.

A brincar com os gnomos trolls e a atirar-me bolas de neve passou-lhe a birra que durava desde Oslo. Linda quando sorri, estava reconciliada com o pai!



Como contraponto  à  beleza da aldeia de montanha, o manto branco esconde uma triste realidade demográfica comum aos dois lados da raia: o despovoamento!


Posto isto, alá para Travancas onde tamén dicíase auga e agora xa non 

 

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Via Sacra da Semana Santa

Na paróquia de São Bartolomeu de Travancas

Desde há alguns anos que na Quinta-feira Santa, uma parte do povo de Deus, dá a volta à aldeia, percorrendo algumas ruas, para reviver o que foi, segundo os textos religiosos, a Paixão de Cristo pelas ruas de Jerusalém, carregando uma pesada cruz de madeira às costas, até  ao Monte Calvário, também chamado  Gólgota, para lá ser crucificado.


A Via Sacra, assim se chama a procissão, tem 14 estações, simbolizando diferentes cenas vividas por Jesus Cristo desde a sua condenação à morte. Pelo caminho simbólico do Calvário rezam-se Padre-Nossos e Ave-Marias. Faz-se uma paragem em cada estação, para leitura dos evangelhos e de outros textos religiosos, alusivos  à cena de cada uma.


Na IV estação, na Bica do  Rigueiro, o senhor Padre Delmino, entendeu por bem fazer uma alusão à fraternidade e à solidariedade,  a propósito do texto escrito em latim, esculpido na pedra vertical do bebedouro. Esse texto "Unus pro omnibus, omnes pro uno"  é a divisa  do brasão da União de Freguesias de Travancas e Roriz  que em português significa "Um por todos, todos por um".




































domingo, 14 de abril de 2019

Domingo de Ramos ´19

Bênção dos Ramos e procissão

14 de abril de 2019


Este ano foi assim...