domingo, 20 de março de 2011

Fontes de São Cornélio

O tempo dos cantarinhos



Fonte do forno
Na aldeia existem duas fontes, em dois recantos bonitos, que me passaram despercebidas, na primeira visita que fiz.  As fontes, além de serem lugares onde a população se abastecia de água, eram um importante espaço social no desenvolvimento das relações de vizinhança. Hoje, sem utilidade, estão abandonadas, até que sejam consideradas como património  cultural que deve ser preservado.

Noutros tempos "As raparigas iam à fonte, empeneiradas com o cantarinho e os rapazes lá estavam à fala com elas".

Antigamente os vizinhos limpavam a fonte, tiravam as ervas.

A água era muito boa e fresca. Às vezes, no verão, faltava.


Casa restaurada  e fonte do forno ou do mergulho, frente a frente.



Do tempo da pedra  à roda motorizada.


Fonte do carvalho
Fica atrás do lavadouro, por baixo do carvalho. É pena o lavadouro ser inestético porque o espaço envolvente e a paisagem são bem bonitos.


"Hoje ninguém quer esta água"

Este carvalho tem alguns 50 anos? Pergunto.
-Bô, tem mais de cem, mais de duzentos, até!

Bebedouro
Água trazida da mina do povo. A bica, início do fim das fontes. A água canalizada, nas casas, foi o passo seguinte.

À fala com três dos moradores
Não sou de cá, sou de Argemil!

Conheceu o avô Benedito. "Fui contrabandista", disse-me.


Trabalho comunitário
Desempregado, o senhor Valdemar pinta, neste sábado primaveril, as alminhas de que a sua sogra toma conta.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom Dia
É sempre bom visitar o seu blog. mais alegria nos dá quando é um reporter atento e sempre disponível para noticiar para a diáspora pequenos "clichés" do quotidiano das nossas terras e gentes. É o que vou também fazendo em "DE_SVO". A reportagem de S. Cornélio agrada-me. Tirou a foto da fonte de mergulho e do forno das escadas, da casa de meus pais (a tal casa restaurada). Também em em DE_SVO já tive ocasião de relatar tal monumento que não deixa de ser uma importante ferramenta mental(dona de muitas nostalgias para os mais velhos), que em tempos deu para que muitos cântaros lá deixassem a asa. Um abraço. António Ramos