Pantomineces da era moderna
Antes da existência de transmissões televisivas e eletricidade nas aldeias, a chegada dos pantomineiros provocava grande reboliço nas comunidades rurais. Um palheiro, atulhado de adultos e crianças, servia de palco improvisado. Os artistas de agora não são andarilhos nem andam de burro; chegam em roulottes.
Ontem à noite o Bruno Circus apresentou um espetáculo no Largo de São Bartolomeu. Durante o dia, o casal de Aveiro montou o palco, instalou cadeiras, carrinho de pipocas e fez a instalação elétrica. Hoje segue para outra aldeia. Durante o mês de agosto vai calcorrear os concelhos de Chaves e Valpaços.
Alguns adultos e dezenas de crianças, filhas de emigrantes, a passar férias na terra dos pais, não chegaram para lotar o espaço reservado à assistência. O arrefecimento noturno terá afastado alguns potenciais espectadores.
Palhaço Pintarolas
Bruno, o show man, representou uma multiplicidade de papéis: ilusionista, faquir e palhaço. A esposa era sua coadjuvante.
Sendo a entrada livre, os custos são cobertos com o dinheiro proveniente de uma rifa, da venda de pipocas e das fotografias com cobras. Pelos meus cálculos, o espetáculo deve ter rendido entre 100 a 120 euros, talvez insuficiente para cobrir o investimento, custos com cobras, gasóleo, eletricidade e trabalho de duas pessoas.
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