As nossas aldeias já se esvaziaram. Os filhos da terra, quais aves migratórias, gozadas as férias, regressaram às cidades do litoral, aos Estados Unidos, à Bélgica, Suíça, Espanha, França e a outros recantos do mundo, para onde foram à procura de uma vida melhor.
Longe da pátria, perto dela no coração! No estrangeiro, autocolantes nos carros e medalhas de ouro ao pescoço, com o emblema da seleção das cinco quinas, são exemplos da forte ligação afetiva dos emigrantes a Portugal.
Menino, sabes o que é a pátria?
Mas, tal como o passarinho volta ao ninho, o emigrante, periodicamente, volta à pátria, ao rincão de origem, por mais humilde que seja. O seu patriotismo manifesta-se no amor à bandeira nacional, hasteada em casa. No livro da terceira classe, a geração com mais de 50 anos, aprendeu e nunca esquece que:
"A pátria é a terra em que nascemos, a terra em que nasceram os nossos pais e muitas gerações de portugueses como nós".
Que:
"Na Pátria está, meu menino, a casa em que vieste à luz do dia, o regaço materno que tanta vez te embalou, a aldeia ou a cidade em que tu cresceste, a escola onde melhor te ensinam a conhecê-la e a amá-la, e a família e as pessoas que te rodeiam."
E a lição de patriotismo terminava assim:
É nossa Pátria bendita todo o território em que, à sombra da nossa bandeira, se diz, na formosa língua portuguesa, a doce palavra Mãe!
Mais que outros portugueses, os emigrantes sentem a pátria no coração.
Até à volta!
See you soon!
À bientôt!
Hasta la vista!
Hasta la vista!
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