Atemoriza enquanto não é morto
Esta cobra, de mais de um metro de comprimento, quando foi vista, estava calmamente enrolada, à sesta, a fazer a digestão do sapo que tinha habitat no quintal.
Já nos trazia sobressaltados, desde que surgira, quatro dias antes, nos degraus da escada que liga o linhar ao pátio. Apesar de se dizer que as cobras são surdas, que apenas sentem vibrações, os gritos de medo e a correria, para fugir dela, devem ter feito com que se escondesse.
Desta vez, porém, não se mexeu, dando tempo para lhe tirar fotografias e ir buscar o ancinho que, espetado na barriga, a deixou imobilizada. Uma sacholada decepou-lhe a cabeça, depois.
2 comentários:
Estava eu tão deliciado a ver estas belas fotos desta terra céltica e ler os comentários que me parece serem de uma pessoa instruida, quando me deparo com esta cena do bestigo, fiquei estupefacto com o carácter do bloguista. A comentar a beleza dessas terras(que também as conheço, nasci nelas) e matar um animal que não faz mal nenhum, só é benéfico para essas terras. Saber ECOLOGIA E BIOLOGIA faz muito bem. Abaixo da minha consideração. blog
O senhor Manuel Adão é capaz de estar em parte cheio de razão mas deve compreender que o medo primário e irracional da cobra - rateira, será? - na altura,foi mais forte que qualquer racionalização.
Sabe, contudo, que nas aldeias há hábitos culturais de matança. Cresce-se a apanhar passarinhos e a matar animais domésticos e predadores. Não há uma tradição de educação para a importância da preservação das espécies. Por exemplo, qual o agricultor que não quer ver a morte do javali, do lobo ou da raposa que lhes traz prejuízo? Entre os animais,o próprio bestigo, atraído para o quintal à procura de alimento, ao engulir o sapo que por sua vez comia os insetos, deixou as flores mais desprotegidas contra as pragas.
Mas, para sentir que o bloguista não tem mau caráter e pelo contrário, respeita a Natureza veja o que foi escrito nas postagens sobre o sapo e o ouriço-cacheiro!
Enviar um comentário