Flashes
São Cornélio, na freguesia de Travancas, é terra de quatro rebanhos de gado ovino, sendo raro não cruzar com um, sempre que passo pela aldeia, a caminho da A24 ou de Chaves, por Vila Verde da Raia.
Das duas vezes que fui à aldeia, durante a época da Páscoa, como não encontrei quem estivesse a semear batatas, deixo uma amostra de imagens primaveris que por lá colhi.
Senhor Luís Nascimento, com animal de lavoura no bebedouro.
Porta de entrada do velho forno do concelho, que já ninguém utiliza, ao lado a fonte, também ela caída em desuso, com a canalização da água.
Floração, no quintal de uma bonita e moderna casa de cantaria.
Duas mós decorativas. De que moínho d'auga terão vindo?
Lavadouro na primavera.
Um dos "Pastores da Raia".
Terras de Monforte de Rio Livre. No monte mais alto fica o castelo mandado construir no século XIII por Dom Dinis, o rei trovador.
"Olhai os lírios do campo" que tão bem ficam em São Cornélio!
Esta árvore fantasmagórica é uma espécie de totem! Dela emana uma energia enigmática, comparável à do espírito dos antepassados que velam pelos vivos, segundo crenças de tribos africanas. Espero que não a cortem!
Esta perspectiva da capela velha, na primavera, também é clássica!
São Cornélio, voltada para a veiga de Chaves, é uma aldeia pendurada no topo da montanha.
Marcas de ruralidade, uma constante.
1 comentário:
“O TOTEM de ADRIANO”
Por aqui «ausente», não sei bem, Hoje, que significa «TURISMO» para as “gentes mandonas” de CHAVES.
Há anos, recentes, fui ao Posto de Turismo, no Jardim do Bacalhau, e fiz algumas perguntas «turísticas». Azar dos azares, a «menina» que me atendeu tinha chegado de Viana do Castelo em substituição de uma colega, e, por isso, pouco ou nada sabia dizer-me acerca de “CHAVES”, para além do que constava nuns panfletos.
Às vezes, chego a pensar que CHAVES, a NOSSA TERRA, é apenas uma «atlântida» transmontana fruto da minha imaginação … ou loucura.
Porém, sei que não sou só eu a «viver» a cidade, o Concelho, a Região, o Condado NORMANDO-TAMEGANO, de uma maneira entusiasta, agradecida e empenhada no reconhecimento das suas riquezas históricas, patrimoniais, paisagísticas, civilizacionais, culturais e humanas.
E quem não quiser acreditar em mim («ir por mim») nem precisa de muitas canseiras para validar (se tentar invalidar acontece-lhe como aquele sábio que, durante uma dezena de anos queimou as pestanas a tentar provar que Einstein estava errado: de tanta trabalheira na busca da «invalidação» da Teoria da Relatividade até obteve um Nobel!) as minhas afirmações - bastar-lhe-á passar os olhos por qualquer um dos Blogues da MINHA [NOSSA] NORMANDIA TAMEGANA, por exemplo, pelo Blogue “TRAVANCAS da RAIA” e, decerto, logo cairá de joelhos, baterá com a mão no peito e rezará um Credo “Torgueano – Transmontano”.
Talvez seja uma boa altura para lembrar - e eis aqui uma das inspirações deste, e de outros Blogues da NOSSA TERRA! - o significado Deleuziano de «encontro»… “matéria” não (lhes) faltará.
É um dos fascínios que os Blogues da NORMANDIA TAMEGANA exercem sobre mim: falam-me do céu mostrando-me a terra; mostram-me acções agitando-me o pensamento; agitam-me a imaginação contando-me histórias.
Com a verdade das realidades expostas confronta-me (-nos?) com a “Sociedade do Espectáculo”.
Para aqueles que não me compreendem (ou não querem compreender) faço o convite de darem mais uma olhadela à «fornada de Páscoa» da D. Joaquina; à sementeira de batatas, em S. Cornélio; e, para vos meter mais raiva, olhar, nem que seja de relance, para oo «Folar de Argemil»!
Ah! Nem a “árvore de Teneré” teria mais fascínio e mistério que o «totem de Adriano», de Terras da Raia!
E que diriam as «estátuas da Ilha de Páscoa” se viessem a Travancas da Raia, num Domingo de Ramos?!
Olho «os lírios do campo» e mando cartas de afeição e saudade para “Estrelinhas” e “Orindinhas” das Terras da Raia e da Castanheira.
M., 21 de Abril de 2015
Romeiro de Alcácer
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