quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Outonalidades raianas

                            Como não ficar encantado!

 Souto de Roriz

Um elixir para o espírito! Depois da apanha das castanhas, os castanheiros ganham tonalidades em que predominam os amarelos e os castanhos torrados. O chão, coberto de um manto de folhas mortas, fica esplendoroso, tanto sob as primeiras névoas como estando iluminado pela luz suave dos raios solares de outono.


Bairro das Poulinhas, Argemil, iluminado pelas cores do outono. Ao alto, do lado de trás do posto de vigia florestal, passa a raia, junto à qual estão as casas esborralhadas de Palheiros, marco da memória  raiana perdido num giestal.


Bucolismo. O senhor José, pastor de Roriz,  ao rebusco das castanhas, no lugar de Montouto, autorizado depois do Dia de São Martinho.


Pastores da raia - Dadim


Guardadores de rebanhos, os pastores, nem sempre reconhecidos no seu devido valor, são a imagem simbólica do Bom Pastor bíblico. São criaturas divinas!


Nas Guerras da Restauração, entre 1640 e 1668, desenrolaram-se  algumas escaramuças fronteiriças que redundaram em saques, destruição de culturas e casas incendiadas, em ambos os lados da raia galaico-transmontana.


 Travancas

Ficou para a história que, numa dessas escaramuças, nos campos de Montouto, os portugueses, na perseguição aos espanhóis, em debandada, lhes limparam o sebo no alto da Cota de Mairos, tendo o lugar, desde então,  passado a ser conhecido, por Alto da Escocha.



Boleto ou tortulho - variedade de cogumelo bastante procurada pelos apreciadores e rentável para quem os anda a apanhar.


Habitante de Argemil, aos níscarros,  em souto de Roriz.


São Vicente da Raia


 Alto do Montouto


Travancas. Uma águia no poste?


A barragem do Vale das Tábuas, entre São Cornélio e Mairos, com cores outonais, graças aos carvalhos americanos, plátanos e outras árvores de jardim que a  bordejam.


Os dióspiros maduros são amarelos; a casa é cor-de-rosa, até parece um palácio, mas São Cornélio fica tão longe de Belém!


Tapete de folhas caducas no souto de São Cornélio. Caminhar por ele é caminhar em harmonia com a  natureza. Nessa alquimia, de transformação das forças telúricas em nós, uma sensação de bem-estar físico, mental e espiritual nos invade, vitalizando-nos de energia cósmica.



Amanita muscaria - cogumelo venenoso, de cor garrida. Encontra-se com facilidade!



Outra imagem do souto de São Cornélio cujos castanheiros se destinam à produção de madeira.


São Cornélio não tem tanta produção de castanha como Roriz, Argemil e Travancas mas acompanha a maré em curso, de plantação de novos soutos nas terras da raia.


Como não ficar encantado com as outonalidades raianas!



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