Matança, a tradição ainda é o que era
Por altura da Santa Luzia, terceiro domingo do Advento, o senhor José Pinto matou mais três recos. O tempo das matanças, no entanto, vai continuar por janeiro fora, até ao São Sebastião.
Criação de leitões para o próximo ano, já. Não são todos brancos; há cruzamento com porcos de raça bísara, menos gordos e mais ao gosto dos consumidores de hoje.
Carne gorda na salgadeira, em parte destinada aos folares. Na época em que não havia congeladoras, a carne era conservada em sal ou era fumada
Nos tempos de antanho, o reco era o sustento da casa, ao longo do ano. Guardava-se o fumeiro nos lareiros, na adega e nas arcas.
Em tempos de vacas magras, a fartura começava no dia em que se matava o reco, a petiscar rijões. Terminado o proceso de cura, iam-se comendo alheiras, buchos, chouriças de sangue, linguiças, salpicões e o presunto, cortado em nacos de pão.
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