Começou a campanha
Com o início da colheita da batata, o ciclo produtivo do tubérculo está a chegar ao fim, neste ano agrícola.
Encontrei os primeiros arrancadores logo a seguir à festa do Senhor dos Aflitos, no sítio do Vale da Preta, quando ia ter com o "alcalde" do concelho de Vilardevós, no outro lado da raia.
Acostei o carro e fui ter com o grupo, constituído por três senhoras, três meninas e o tratorista, membros de duas famílias, de Argemil e Travancas. Ninguém é assalariado; trabalha-se no sistema de torna-jeira, sistema de entreajuda ainda muito em uso nos trabalhos agrícolas.
"Tem de fotografar o meu colmeal, em Argemil, uma coisa linda!" Ficou a promessa de um dia fazer a "reportagem".
Apesar do preço da batata no produtor não compensar a produção, sempre se vão cultivando alguns campos, quanto mais não seja para a dar de alimento às vacas e recos.
Arrancador de batata vibratório, com uma cunha, atrelado ao trator. Na freguesia há diferentes modelos.
Tradicionalmente, o arranque da batata, com guinchas, é tarefa de homens e a apanha é feita por mulheres.
Enquanto não arranca o ano letivo de 2014/2015, as duas amigas ajudam as famílias na colheita da batata. Uma maneira diferente de terminar as férias!
Antigamente, por esta altura, armavam-se as costelas aos pássaros e era preciso ir aos grilos, junto dos batateiros, para os atrair.
Mas, embora esteja feliz por ter encontrado um, a menina não vai fazer essa maldade ao grilinho!
Em abril, o João Pilão, de Argemil, quando andava a semear batatas, deu-me umas tantinhas para eu cultivar.
Uma batateira das sementes oferecidas.
Deu esta quantidade de batatas!
A colheita foi de seis baldes, por pouco mais de um balde semeado; É uma produtividade não muito baixa, apesar da falta atempada de monda e regas frequentes.
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